Sobre Conceição do Coité

 

História

 

Segundo a tradição, o arraial de Coité originou-se de pouso de tropeiros que se deslocavam de Feira de Santana rumo à Jacobina que dividiam a jornada, descansando num local onde havia fonte que, mesmo no período da estiagem, jorrava. A água desta fonte era utilizada pelos tropeiros para consumo próprio e para matar a sede dos animais da tropa. Veja o mapa.

Assim surgiu o arraial que tomara a denominação Coité, porque os tropeiros pernoitavam sob o abrigo de uma árvore, cujos frutos eram pequenas cabaças que, no idioma primitivo, recebiam o nome de ‘Cuité’ (pequena cuia) a qual, cerrada no meio era utilizada pelas donas de casa.

Para que o arraial fosse elevado à categoria de freguesia seria necessário à doação de terras ao Santo padroeiro. Então o Senhor João Benevides, antigo morador da povoação e proprietário de muitas terras, doou uma área onde está edificada a igreja de Nossa Senhora da Conceição, e grande parte do município. Pode-se afirmar, portanto que Conceição do Coité foi fundada pelo senhor João Benevides e família no dia 9 de maio de 1855. Com a criação da freguesia, o povoado de Coité recebeu o seu primeiro Padre Manoel dos Santos Vieira.

Em 7 de julho de 1933, o município de Coité tornou-se autônomo, mas só a partir de 1º de março de 1966 tem a sua própria comarca. Na condição de Arraial, Conceição do Coité teve implantado serviços cartoriais que eram conduzidos, no século XIX, pelo escrivão Raimundo Nonato do Couto, responsável pela lavratura de diversas escrituras de alforrias de negros libertos.

 

Comunicação

 

O município é bem desenvolvido, e conta com o sistema telefônico DDI (discagem direta internacional), sinal de televisão, tendo a TV Cultura do Sertão como única emissora do município. Possui também as emissoras de rádio: Rádio Sisal e Rádio Sabiá FM.

 

Economia

 

Quanto às atividades econômicas, o município se destaca com o cultivo do sisal, sendo o principal explorador da região. Além do sisal, cultiva-se a mandioca o feijão e o milho. Apesar de não ser desenvolvida, na pecuária destaca-se a criação de bovinos, equinos, caprinos, ovinos e aves.

A industrialização também se desenvolve no município, além de beneficiamento da fibra e na fabricação de mantas, fios e cordas de sisal, temos fabricas de cordas sintéticas, calçados, água sanitária, velas, bebidas, redes plásticas, sacos, sacolas, refrigerantes, torrefações de café e confecções, etc. A industrialização contribui de forma significativa para o comércio.

 

Educação

 

No setor educacional o município conta com escolas de 1º e 2º Graus, públicas e particulares, além da Universidade do Estado da Bahia(UNEB)e faculdade particular (FTC,EADCOM) e cursos de pós-graduação.

 

Religião

 

No aspecto religioso, o Cristianismo é a religião predominante, entretanto nas suas variações, encontram-se templos: Batistas, Assembleianos, Avivalistas, Congregacional, Pentecostal, Neopentecostais, Espírita, Umbandistas, Católicos e simpatizantes etc…

Uma das religiões que mais tem crescido no município é a Assembleia de Deus, igreja de cunho protestante, inserida no universo pentecostal. A referida denominação possui cerca de 3.000 (três mil) fiéis, espalhados por todos os povoados. O templo central encontra-se localizado na Rua Theogenes Antônio Calixto, em frente à Rodoviária e é tido como um Cartão Postal da cidade, pelo seu projeto arquitetônico arrojado.

 

Cultura

 

O município é mãe de notáveis Poetas que já se destacaram no cenário estadual e nacional. Entre eles, Carlos Neves, que é Cordelista, Palestrante, Escritor, Poeta, Pesquisador cultural, Intelectual, enfim, um expoente da cultura Coiteense. Recentemente lançou um notável livro em Brasília, juntamente com o Palhaço Plim Plim. O título do livro é “O palhaço do circo quadrado”, nele os autores denunciam a injustiça sofrida pelo palhaço Plim Plim. Carlos Neves exprime sua impressão através do cordel. E quem marca a nova geração é o poeta Éder Carneiro Cardoso e Silva, poeta singelo, que não se classifica em apenas uma categoria literária, mas que expõem na poesia todas as sensações da vida. Já participou de Antologias Poéticas, a primeira foi lançada em Salvador, no Centro de Convenções, através da editora Litteris-RJ.

O poema “Pontual” e “Abolição Já” já foram recitados respectivamente em Porto Alegre, na Casa de Cultura Mário Quintana, e em São Luís, no Centro de Cultura Negra. Também no aspecto da contribuição histórica, a escritora Clari Couto, graduada em História pela Universidade Estadual de Feira de Santana tem sido referência para teses de especialização e mestrado em diversas universidades brasileiras, com sua obra Orar e vigiar: o poder disciplinador da religião como representação do pecado na AD de Conceição do Coité, 1970 a 1990. UEFS. 2001.

 

Divisões administrativas

 

O município possui em sua extensão territorial 5 distritos e 28 povoados.

 

Limites territoriais

 

O município faz divisa ao sul com o município de Serrinha e Barrocas, em uma distância de 36 km de Serrinha e 25 km de Barrocas. Ao norte com Retirolândia a 16 km, a oeste faz divisa com Riachão do Jacuípe a uma distância de 30 km, a leste, divisa com Araci distante 49 km, ao sudoeste o município faz divisa com Ichu, distante 29 km, e ao nordeste com Santaluz e Valente respectivamente a uma distância de 52 e 28 km. De acordo com a divisão territorial administrativa de 1964/1968.

Texto extraido do Site Oficial da Prefeitura Municipal de Conceição do Coité

 

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